"A solidez e a firmeza da verdade de Cristo se enche de doçura da doação de um Deus que é só Amor!”
(Pe Marcos Chagas)

sexta-feira, 29 de março de 2013

Um mistério de dor e de amor: Sexta-feira da salvação

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A quem procurais? Eles responderam: Jesus o Nazareno” (18, 5);

Qual a razão de se procurar Jesus de Nazaré? Aqueles homens o procuravam para eliminá-lo, pois Jesus, assumir-se como Messias, parecia para aquelas pessoas algo de inaceitável. Parecia-lhes uma grande presunção, uma farsa a ser punida com pena máxima. Você já pensou a razão de procurar Jesus? Ou nunca pensou? Ou pensou só as vezes? Você procura Jesus só para resolver problemas, sentir-se bem, buscar uma realização pessoal muito fechada no seu mundinho? Mas, felizmente, no curso destes dois mil anos, há pessoas que procuram Jesus, pois acreditam no seu amor, na sua verdade, na sua missão e assumem, pela graça, a identidade de cristãos, isto é, discípulos amados do Senhor. E por serem amados, amam, isto é, dão a vida, gastam a vida fazendo o bem, iluminando, ajudando!



“Não vou beber o cálice que o Pai me deu?” (18, 11);

Beber o cálice! O cálice da ira de Deus, o cálice da sua justa indignação com o pecado humano, o mesmo que a humanidade deveria beber e assim, satisfazer a justiça divina. Mas, Ele o fez e quem aderir ao seu projeto, receberá o dom do Seu Espírito e a vida divina brilhará e resplandecerá em quem o aderir. Cumprem-se, assim, as palavras da Escritura: “É preferível que um só morra pelo povo” (18, 14); Você é daqueles que fogem dos problemas, das dores, dos desafios, da cruz? Ou assume, sem vitimismos tendo em vista um bem maior, isto é, completar na sua carne o que falta à paixão de Cristo?




“O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui. (...). Jesus respondeu (a Pilatos): Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz” (18, 36.37b);

Venha a nós o vosso Reino, ensinou-nos Jesus a pedir! Este Reino é o que se encarna na história, mas não estaciona nas categorias de tempo e de espaço, mas as transcende, as ultrapassa. Jesus é Rei, é soberano, é o supremo, mas de forma alguma identificará a sua messianidade com as realidades presentes! Quantos equívocos de tantos do passado e do presente que acham que ao resolver os problemas sociais e políticos, promover humanamente as pessoas, o ideal do Reino foi atingido! O Reino não acontecerá se tais metas forem atingidas, mas o coração humano não aderir intimamente a Jesus, ao seu projeto salvífico, na realização plena de seus desígnios de amor e de poder. Nosso Senhor é a verdade e por isso quem o escuta, aderindo-O, plenifica-se, atinge a grande meta! Escutar sua voz, sim, para acolher sua Palavra santa e poderosa. Um escutar que está intrinsecamente ligado ao aderir incondicionalmente, existencialmente ao Mestre, seguindo-O, isto é, imitando-O. Qual a sua compreensão do Reino de Deus? É um reino de facilidades ou um Reino de compromisso, de felicidade autêntica vivida na oferta generosa da vida?




(disse Pilatos): “Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que não encontro nele crime algum” (19, 4) .

Eis uma declaração da inocência de Nosso Senhor. Pilatos é iníquo, profundamente covarde, vende sua consciência em função de seus medos gerados pelo seu cargo, sua função. É permissivo ante a pressão da corja insana que o inquieta e pressiona. E eu, você, abrimos mão da verdade, da nossa adesão a Cristo em função de interesses pessoais, de seguranças humanas, de hesitações e medos oriundos do respeito humano? E você, condenou Jesus por medo, covardia, interesses humanos egoístas, mesquinharia besta?



“Não tinhas autoridade alguma sobre mim, se ela não te fosse dada do alto. Quem me entregou a ti, portanto, tem culpa maior” (19, 11);

Toda autoridade é dada do alto. Se não fosse dada do alto, tal autoridade não teria sido dada a Pilatos. Uma visão de fé, sem dúvida, geradora da submissão de Jesus. Ele sabe que por detrás das determinações da autoridade, os desígnios do Pai se cumprirão; mas uma constatação é preciso fazer, a saber, que todos quantos são revestidos de autoridade, são necessariamente chamados a responder por seus atos de modo muito particular. As autoridades: promoveram as pessoas plenamente, buscaram o bem delas ou as impediram ou criaram obstáculos para que elas fossem autenticamente felizes, se encontrassem com Deus e sua verdade libertadora, em suma, fossem salvas do pecado e libertadas do demônio? Você é obediente? Faz uma leitura sobrenatural do que lhe acontece? Como você interpreta a vida, os acontecimentos? Isso lhe deixa passivo ou comprometido em fazer o Reino de Deus acontecer?



“Eis o vosso rei!” (19, 15); (Disse Jesus para Maria): “Mulher eis o teu filho”. Depois disse ao discípulo: “Esta é tua mãe”. Dessa hora em diante o discípulo a acolheu consigo (19, 26b-27);

Uma das páginas mais preciosas! Maria é-nos dada na dor suprema da cruz! Ela, com sua sublime maternidade, faz-nos irmãos de Jesus! Ser filho de Maria é um jeito muito concreto de ser filho de Deus, pois Ela nos inserirá com grande fecundidade na vontade do Pai, cujo cumprimento ela tornou-se perita, especialista. Maria, a discípula, a Mãe, a intercessora, a auxiliadora, o modelo. Acolhê-la em casa tem um simbolismo forte, eloqüente, pois significa assumi-la na vida, na própria história, fazendo-se servo do Senhor, escravos da Palavra, empenhados decisivamente em fazer tudo o que Jesus nos disser. Nunca seremos gratos o suficiente a Jesus por ter-nos dada a sua Mãe para ser também nossa Mãe. Você se comporta como filho de Maria? Levou Maria para sua vida? Entendeu que o verdadeiro filho de Maria é um alguém que está aos pés da cruz, isto é, assume-se como um discípulo amado de Jesus?



“Tenho sede” (19, 28);

“Deus tem sede que tenhamos sede dele” (Agostinho). Sede do amor das criaturas, dirá Teresinha do Menino Jesus. Mais que sede de água que certamente foi grande também.
“Tudo está consumado”. E inclinando a cabeça, entregou o espírito” (19, 30);
Toda a obra do Pai estava cumprida. O servo obediente foi até o fim. Jesus pendente da cruz, símbolo máximo e eficaz da obediência incondicional a Deus. Que vemos? Só amor, amor imenso, infinito, radical, um amor louco, indescritível. É olhar e apaixonar-se, é amar e seguir o Mestre carregando também a nossa cruz, sendo crucificados com Ele, sepultados com Ele para com Ele ressurgir. Qual a medida de tua sede de Deus? É grande como a vontade de beber água naqueles dias bem quentes? Tua fome de Deus é grande quanto a vontade de comer algo quando o estomago ronca por não ter nada?



(...), mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água” (19, 34);

Aqui nascemos, aqui vivemos, aqui amamos, aqui somos discípulos, daqui somos enviados e tornamo-nos missionários em seu nome e seu amor! O lado aberto de Jesus foi a fenda da rocha onde se esconderam os seus melhores amigos, os seus mais apaixonados discípulos, os seus mais ardentes missionários, os seus mais destemidos profetas, enfim, todas as almas esposas. É teu lugar!



“Não quebrarão nenhum dos seus ossos. E outra Escritura ainda diz: “Olharão para aquele que transpassaram” (19, 36-37);

Ele é o Cordeiro pascal e, por isso, nenhum osso lhe será quebrado. Sim, olharemos o traspassado. Contemplaremos e enxergaremos o seu amor incondicional, total. O onipotente fragilizou-se imensamente, o santíssimo assumiu as culpas dos pecadores, o perfeito e infinitamente são, deixou-se ferir e assumiu nossas dores. Nós O contemplamos! Com os olhos da fé, do amor, com os olhos interiores e deixamo-nos interpelar. Você olha pra Jesus crucificado? Que lições você colhe pra sua vida? Você consegue enxergar o amor de Deus lá na cruz? Além da dor, você contempla um grande AMOR? 




No lugar onde Jesus foi crucificado, havia um jardim e, no jardim um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado” (19, 41).

Um jardim. Lá no Éden, havia também um jardim: lá se consumou o pecado. Lá no túmulo, um jardim: lá se consumou a obediência. Começou um novo paraíso, inaugurado com o sepulcro que acolheu Quem matou a morte, quem está cheio de vida. Lembre-se das palavras de Paulo: "Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus" (Cl 3, 3). O jardim é o lugar do sepulcro foi palco da ressurreição, encheu-se de luz e vazio ficou! A esperança salva

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