Quem é igual a ti, ó Iahweh, entre os fortes? Quem é igual a ti, ilustre em santidade? Terrível em façanhas, hábil em maravilhas? [...].Levaste em teu amor este povo que redimiste, e o guiaste com poder para a morada que consagraste! [...]. [...] o teu povo, ó Iahweh [...], Tu os conduzirás e plantarás sobre a montanha, a tua herança, lugar onde fizeste, ó Iahweh, a tua residência, santuário, Iahweh, que as tuas mãos prepararam. Iahweh reinará para sempre e eternamente” (Ex 15, 11.13.16b-18).Nestes 30 anos de Shalom, o lado aberto de Cristo Jesus, o ressuscitado que passou pela cruz é para nós casa, morada, santuário. Lá nascemos, lá vivemos e lá morremos para nosso pecado e de lá ressurgimos para a união transformante em Deus. Ressurgimos não para nós mesmos, mas para voar na direção dos outros, dos que vivem perdidos e sem rumo, sob os efeitos da morte e da fadiga triste do pecado sem fim. Lá, naquele lado aberto encontramos o Pai que nos acolhe e ama. Envia-nos para que voltemos, na dinâmica pascal, do êxodo, da partida e da chegada, da chegada e da partida. Um fluxo de vida, um movimento de amor. Quando saímos da fenda para ir ao encontro dos que voam sem rumo, a fenda está em nós e de nós não se separa. É morada estável, mora em nós e nós nela. É isso! Portanto, ao grande Responsável por toda essa obra que tudo faz e sempre fará no poder e de graça do seu Espírito, por desígnio do Pai, o louvor, a glória, a bênção e o poder pelos séculos dos séculos amém.
terça-feira, 10 de julho de 2012
Na fenda da rocha: nossa casa e ponto de partida para a missão
Caro Filoteu
Tenho uma história para contar. Acho que vai iluminar um pouco sobre o que somos chamados a fazer e a ser:
Certa vez, houve um concurso de pintura para premiar e reconhecer o melhor quadro que representasse a paz.
Três finalistas ficaram empatados.
O primeiro retratou uma paisagem bonita de lindas flores e borboletas que bailavam livres pelo ar, sob as carícias de uma brisa suave.
O segundo mostrava pássaros a voar em nuvens brancas como a neve em meio ao azul anil do céu.
O terceiro mostrava um grande rochedo açoitado por ondas violentas e inclementes em meio à tempestade estrondosa e cheia de relâmpagos.
Surpresa geral: o escolhido foi o quadro da violenta tempestade das ondas contra o rochedo.
Os demais finalistas perguntaram a razão ou quais critérios foram usados para escolher aquela pintura inusitada. Como um quadro tão violento poderia ser escolhido para representar a paz?
Mas, o juiz disse: Olhem para a fenda da rocha! Lá um pássaro com seus filhotes dormem tranquilamente. Assim, a verdadeira paz é aquela em que, ainda em meio aos momentos mais difíceis, nos permite repousar tranquilos.
Sim! Hoje, somos esses filhotes que abrigados aos cuidados do nosso Pai podemos repousar tranquilos. Não alienados, pois o encontro com Deus não nos aliena, nem nos leva a fugir do mundo. Somos reconstruídos neste encontro aconchegante para sermos enviados ao mundo. Não para voar sem sentido em meio às fúrias do vento e ao rigor das chuvas, como se a vida fosse um grande absurdo, uma grande náusea, como se caminhássemos para a morte resignados pela fatalidade sinistra de cair no abismo do nada.
Sim, voaremos para abrir as asas de nossa liberdade e atrair para a fenda da rocha aqueles que precisam de repouso, conforto, luz, paz, para na reconstrução de suas vidas; alçar o livre voo da vida, mas de uma vida repleta de motivações eternas, divinamente estáveis. A fenda da rocha para todos os amigos de Cristo é seu lado aberto! Sim, aquela ferida bendita que nos enche de vigor todo novo, o choque, a eletrocutante força do amor e da vida jogam tanta luz e tanta paz que outra coisa não faremos, a não ser fazer desse lugar santo e amável nosso ponto de partida e de chegada. Não voamos para o nada, nem por nada, sem direção, sem sentido. Voamos direcionados, iluminados, guiados. Partimos e chegamos. Chegamos e partimos mais uma vez e todas as vezes que o Senhor nos enviar, através do apelo da Igreja, esposa querida e corpo místico do Esposo.
Aqui cabem as fortes palavras do Êxodo:
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