Oi Filoteu!
Identidade. O que eu sou, o que tu és. Isso! Mas...., não estás falando
de uma coisa óbvia, algo que tá na cara, algo tipo, navegar na maionese e viajar lá na megagaláticas núvens platônicas? Vixe! Bem, vamos lá.
Hoje, não se está falando de algo óbvio! Esta-se falando de tua vida, em suma, O QUE TU ÉS! O QUE EU SOU! A partir disso eu faço, eu vivo, ora bolas! Não é desnecessário ou supérfluo pensar e refletir sobre isso. É simplesmente ESSENCIAL! Sabe, Filoteu, és uma pessoa, ou seja, um alguém único, irrepetível. Nunca existiu um alguém como tu. Pode ter havido, há ou haverá alguém parecido, mas igual, NUNCA! A riqueza da individualidade é inimaginável, fantástica, megafantástica. Uma responsabilidade e uma felicidade. Uma missão e um assumir posições bem firmes em termos de ser bem o que sou chamado a ser. Sou uma existência que me foi dada, sou um dom para mim mesmo.
Porém...., é sempre bom lembrar: INDIVIDUALIDADE NÃO QUER DIZER INDIVIDUALISMO! Somos aquilo que o filósofo Martin Heidegger, ser-com-os-outros. Nunca podemos assumir-nos como ser-sem-ninguém e ser-para-o-nada ou ser-para-coisa-nenhuma. Morou? Saca só: ÉS PESSOA, ÉS UMA INDIVIDUALIDADE QUE SE CONSTRÓI COM OS OUTROS.
E onde entra Deus nessa história? ELE TE DEU A TI MESMO e TE DEU COMO UM DOM AOS OUTROS. Por isso:
- Quando se sentir insignificante, lembre-se o quanto és importante para Deus
- Ama-se a Deus com aquilo que se é (um processo de construção, esse humano que é uma obra inacabada). Deus nos ama com o infinito que lhe é peculiar. Nós finitos, Ele infinito. Ele o Santo, nós os imperfeitos e pecadores. Bom, pera lá: Isso não é acachapante (isto é, esmagador)? O barato dessa realidade é que isso não nos separa dele. O amor dele nos assume e nos eleva, nos convida a colaborar com ele. Não que Ele precise! Chocante! Isso! Não te impressiones, ELE É DEUS e nós? bem, NÓS NÃO SOMOS DEUSES! Nem super-heróis. Mas, tem uma situação aqui que não dá pra deixar na sombra; DEUS QUER PRECISAR DE NÓS! Razões disso? insisto: não por necessidade, mas por amor, um amor que nos interpela, nos chama a agir com Ele, em seu nome e com seu poder. MISTÉRIO!
- Ei, Filoteu: ama-te a ti mesmo como um indivíduo singular que Deus criou, nem mais, nem menos.
- O amor de DEUS É GRATUITO, OBLATIVO, INCONDICIONAL!
- o amor é uma aventura, uma partida, uma viagem: um êxodo de si mesmo, uma saída, em vista de um encontro, de uma partilha, de uma acolhida do grande Outro (que o filósofo Martin Buber chamava de TU ETERNO) e dos outros, de cada outro na sua individualidade, na sua diferença.
Caro Filoteu, eu te abençoo em nome do Deus família-comunidade que ama pra xuxu e é arreado os quatro pneus e estepe por cada um de nós.
abração!
domingo, 29 de maio de 2011
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