Oi Filoteu!
Fiquei pensando nesta passagem da Bíblia em que Jesus afirma:
"O meu Pai trabalha e eu também trabalho" (Jo 5, 17).
Pelo visto, estamos diante de um Deus que age. Não é um Deus longe, separado, indiferente. Não é inacessível e esquecido. É um Deus presente, um Deus operante, um Deus comunicante e comunional (vive enrabixado por essa humanidade bastante afolozada em seus destrambelhos de todo tipo! - Pense!). Jesus se coloca na escola do agir do Pai, vive uma interação profunda, infinita, íntima, radical com Ele, fonte sem ter fonte, princípio sem ter princípio. O Filho vive essa obediência ao seu eterno Pai e de Sua santa vontade brota a missão de Jesus, marcada por um amor desmedido que a Trindade nutre pela humanidade. Eis porque o Pai oferece à sua eterna Palavra aquilo que é próprio só dele: o poder sobre a vida e a autoridade do juízo (ver Jo 5, 21s). Daí vem a sacada legal e arrasantemente triturante: também aquelas pessoas que se colocam na escuta obediente da Palavra de Deus, entram no dinamismo da vida eterna superando a condição de morte.
Isso! Yes! Venceremos a morte. Só que tem uma "question" aí no pedaço: Morreremos! Isso é um fato! Com certeza, digo eu, mas eu te lembro Filoteu que existe morte e morte. Há a morte física, aquilo que o Chiquinho (aquele santo lá de Assis) chamou de "irmã morte". Essa aí é apenas um ponto de passagem, na verdade a ponte que atravessa o nada existencial e nos introduz na eternidade. Existe também a morte que significa estar seco, sem vida, sem Deus, sem a graça (veja só a passagem bíblica da videira verdadeira: Jo 15). É isso aí. Esse fim, esse desfecho é feio, é a falência definitiva, é um horror! Por isso, é dessa morte que os santos e santas (quer dizer, os amigos e amigas de Deus) mais temiam. Daí que, não foram poucos todos quantos preferiram morrer (de morte física) que abandonar a amizade com Deus. "Teu amor, Senhor, vale mais que vida" [Sl 63(62), 4): essa palavra do salmista retrata bem esse sentimento, essa certeza profunda e bem enraizada da primazia absoluta de Deus na vida daqueles que o experimentaram, foram queimados pelo seu fogo, molhados por sua água viva, respiraram com o seu sopro vital que é seu Espírito Santo. E aí Filoteu? Deixo essa pra ti. Deus te abençoe. Um abraço.
terça-feira, 5 de abril de 2011
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OLA PADRE ESTOU VENDO SEU BLOG POR INDICAÇÃO DE UM AMIGO, DOUGLIMAR, GOSTEI DA REFLEXÃO, MAS USAR O TERMO "enrabixado" NÃO SERIA UM TANTO QUANTO DESRESPEITOSO? DESCULPE A PERGUNTA MAS FIQUEI COM ESSA IMPRESSÃO.
KKKKKKKKKKKK
Não é desrespeito Phillipy é, pelo contrário, uma prova da intimidade desse homem de Deus com o seu Senhor!
Pe. Marcos adorei! Vou colocar nos favoritos.