Oi Filoteu!
Um dos leitores, um dos "rapadureiros espirituais" perguntou a respeito dos novíssimos, ou seja, do céu, do inferno e do purgatório, crenças que a Igreja Católica professa. São as verdades escatológicas, as verdades a respeito das últimas realidades. Pois bem, um desses leitores desse blog indagou o que a Igreja Católica pensa e professa a respeito. Exponho aqui, citando literalmente o Catecismo da Igreja Católica:
CREIO NA VIDA ETERNA
A morte, o juízo particular, o céu, o inferno, o purgatório, o juízo final.
A morte é a separação de corpo e alma, que se dá em virtude do desgaste da corporeidade (coração, pulmões, fígado...) da pessoa. Tal fenômeno é natural, aos olhos da biologia. Todavia aos olhos da fé, é complexo. Com efeito; ao criar o homem, Deus conferiu-lhe o poder não morrer violentamente (Leia na Bíblia: Gênesis 2,17); a criatura, porem, perdeu este dom em conseqüência do primeiro pecado, de modo que a morte hoje existe no mundo como sanção devida ao pecado. Leia na Bíblia: Gênesis 3,19; Sabedoria 2,23s, Romanos 5,12.
Na plenitude dos tempos Jesus Cristo, assumindo a morte do homem, ressuscitou. Desta maneira transfigurou a morte, fazendo dela a passagem para a re-criação e a vida nova do homem. Ler Hebreus 2,14s; 2 Timóteo 1,10.
Ler os seguintes números do Catecismo da Igreja Católica: 992 ao 1004 e 1016 ao 1018
Após a morte iniciará imediatamente a vida eterna. Ela não terá fim. Será precedida para cada um por um juízo particular realizado por Cristo, juiz dos vivos e dos mortos, e será confirmada pelo juízo final.
Ler os seguintes números do Catecismo da Igreja Católica: 1020 ao 1051
O que é o juízo particular é o julgamento de retribuição imediata, que cada um, a partir da morte, recebe de Deus na sua alma imortal, em relação à sua fé e às suas obras. Tal retribuição consiste no acesso à bem-aventurança do céu, imediatamente ou depois de uma adequada purificação, ou então à condenação eterna no inferno. A Bíblia dá a entender, levando em conta as seguintes passagens Lucas 16, 19-31; Lucas 23,43; 2 Corintios 5,6.
Ler os seguintes números do Catecismo da Igreja Católica: 1021 e 1022.
O céu é o estado de felicidade suprema e definitiva. Os que morrem na graça de Deus e não precisam de ulterior purificação são reunidos à volta de Jesus e de Maria, dos anjos e dos santos. Formam assim a Igreja do céu, onde vêem Deus «face a face» (1 Corintios 13,12), vivem em comunhão de amor com a Santíssima Trindade e intercedem por nós.
«A vida na sua própria realidade e verdade é o Pai que, pelo Filho e no Espírito Santo, sobre todos derrama como fonte, os seus dons celestes. E, pela sua bondade, promete verdadeiramente também a nós homens os bens divinos da vida eterna.
(S. Cirilo de Jerusalém)
Ler os seguintes números do Catecismo da Igreja Católica: 1023 ao 1026 e 1053.
O purgatório é o estado dos que morrem na amizade de Deus, mas, embora seguros da sua salvação eterna, precisam ainda de purificação para entrar na alegria de Deus. O texto bíblico mais significativo sobre o purgatório é o segundo Livro dos Macabeus 12,39-46. Podemos ler também Mateus 5,25s
Em virtude da comunhão dos santos, os fiéis ainda peregrinos na terra podem ajudar as almas do purgatório oferecendo as suas orações pelos mortos, em particular a Santa Missa, mas também esmolas, indulgências e obras de penitência.
Ler os seguintes números do Catecismo da Igreja Católica: 1030 ao 1031 e 1054.
O inferno consiste na condenação eterna daqueles que, por escolha livre, morrem em pecado mortal. A pena principal do inferno é a eterna separação de Deus, o único em quem o homem encontra a vida e a felicidade para que foi criado, e a que aspira. Cristo exprime esta realidade com as palavras: “Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno” (Mateus 25, 41).
Deus, apesar de querer “que todos tenham modo de se arrepender” (2 Pedro 3,9), tendo criado o homem livre e responsável, respeita as suas decisões. Portanto, é o próprio homem que, em plena autonomia, se exclui voluntariamente da comunhão com Deus se, até ao momento da própria morte, persiste no pecado mortal, recusando o amor misericordioso de Deus.
Ler os seguintes números do Catecismo da Igreja Católica: 1033 ao 10-35 e 1056 ao 1057.
O juízo final (universal) consistirá na sentença de vida bem-aventurada ou de condenação eterna, que o Senhor Jesus, no seu regresso como juiz dos vivos e dos mortos, pronunciará em relação aos «justos e injustos» (Atos dos Apóstolos 24, 15), reunidos todos juntos diante d’Ele. A seguir a tal juízo final, o corpo ressuscitado participará na retribuição que a alma teve no juízo particular. O juízo final terá lugar no fim do mundo, do qual só Deus conhece o dia e a hora.
Depois do juízo final, o próprio universo, libertado da escravidão da corrupção, participará na glória de Cristo com a inauguração dos «novos céus e da nova terra» (2 Pedro 3,13). Será assim alcançada a plenitude do Reino de Deus, ou seja a realização definitiva do desígnio salvífico de Deus de «recapitular em Cristo todas as coisas, as do céu e as da terra» (Efésios 1,10). Deus será então «tudo em todos» (1 Corintios 15,28), na vida eterna.
Eis a fé da Igreja, eis a nossa fé, razão de nossa alegria e esperança em Cristo Jesus Nosso Senhor! Amém.
Um abraço e bênção para ti, Filoteu!
quinta-feira, 14 de abril de 2011
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Somente em Deus, nosso Senhor Jesus Cristo, teremos a vida eterna.