
Saca só: Hoje o papo pirado será um papo firme. Um papo de amor, um papo que lembrou a responsabilidade de algo muito sagrado e que Deus leva muitíssimo a sério. Ele ama roxamente a família e o matrimônio. Fica de cara quando o sucateiam e acham que ele virou saco de pancada dos instintos descontrolados. Tá ligado?
Quando os fariseus falaram que, no antigo testamento, Moisés tinha autorizado uma certidão de divórcio a ser dada à mulher quando o homem quisesse separar-se, Jesus interviu e discordou. Explicou que essa permissão ou concessão feita pelo grande guia do povo se deu por causa da dureza do coração humano. Coração de pedra, coração de ferro, sem sensibilidade para construir algo que seja bom de fato, algo de belo e de verdadeiro para fazer o homem mais homem e a mulher mais mulher, ou seja, plenamente realizados.
Dividir, separar, apartar, distanciar, bem, estes são verbos que Deus não conjuga. O Deus Trindade é comunhão, é união, unidade, partilha profunda, na riqueza da diversidade do trio que a compõe. Conjugar significa dar dinamismo ao verbo, desdobrá-lo na dinâmica dos tempos, fazê-lo realizar sua função operacional, ou seja, deixá-lo agir. Deus não é uma solidão teocrática, é uma comunhão de Pessoas chamando o homem e a mulher à comunhão. Daí o veredito: "Não é bom que o homem esteja só". E o matrimônio que é o berçário da vida e de todas as formas de vida comunitária e social deve ser cuidadosamente resguardado e cuidado. Nâo é exagero. Sem a família, sem o matrimônio vivido na ordem estabelecida por Deus a sociedade não sobrevive, ou melhor, caminhará de forma terrível para sua ruína. Escafeder-se-á (gosto de mesóclises: elas são divertidas). Não é corolice nem moralismo da Igreja ou do papa e dos bispos. É uma verdade a ser assumida e responsavelmente direcionada.
"Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!"
Cada família que se forma é uma resposta amorosa e generosa a este veredito divino. Está na natureza humana. Por isso, que do ponto de vista natural, instintual (pelo instinto agregativo, afetivo-sexual, comunitário, generativo), a pessoa humana tende a casar-se. As pessoas buscam ter alguém, sua "cara metade" (não que sejam incompletas, mas capazes de criar esta comunhão). E cada família tem seu rumo, tem suas peculiaridades: eis a razão pelas quais morar em casa de sogra ou de sogro, morar com outros, não sei, tudo isso é meio perigoso e de pouca possibilidade que dê certo. E mais, já não são dois, mas uma só carne, isto é, uma só vida, um só coração e no concreto do cotidiano, unidos por laços não somente naturais, mas laços divinos pela força de um sacramento. E o sacramento do matrimônio, junto com o sacramento da ordem, é classificado como sacramento do serviço. E que serviço! Serviço do amor e da vida! E quanta segurança e estabilidade em nossas almas, em nossos corações encontrar estes sinais fortes, proféticos de homens e mulhers que feitos esposos no Senhor, vivem a unidade, a comunhão. Envelhecem juntos, partilham existências até às últimas consequências, até que a morte os separe. Com efeito, o que Deus uniu, o homem não separe. Mandamento divino ao qual somos chamados a acolher com reverência e profundo zelo. Se assim não for teremos uma família trapo. E trapo se desmancha rapidinho. Não tem consistência.
Talvez aqui venha a necessidade de entender que família não pode ser sucateada por tantas forças corrosivas, destrutivas, negativas, impedimentos para viver com dignidade e profundidade um relacionamento estável, definitivo, repleto de um amor sólido e estável. A preparação para o matrimônio começa com a amizade, com a oração, com laços de mútuo conhecimento. Dá pra entender ou intuir que os "fica", os relacionamentos bem promíscuos (esculhambados mesmo), afetos desordenados, além de superficialidades de tudo quanto é jeito são formas intelijumentais ou burrolijais de construir a casa sobre a areia movediça. Instinto é cego e por isso precisa ser guiado. Caso contrário a inteligência e a vontade se enfraquecem e tudo acaba no buraco e haja Deus para de lá tirar quem lá caiu. E aí véio, vai ser a maior páia, Ó?!
Viemos de uma família. E para a Família Trinitária um dia tornaremos.
Deus te "protueja" (não tem nada haver com brotueja, viu?)
Muito bom Pe Marcos, gosto muito de lhe ouvir e agora que descobri seu blog, estou lendo todos as suas postagens anteriores, recuperando o tempo. Gosto especialmente de ouvir ou ler suas palavras, pq o senhor sempre nos desperta para a Verdade. Obrigada por seu ministério e vida doada.Shalom!!!